Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter
Em seu tour aqui pelo Brasil, além de algumas palestras, no dia 19 de março William Lane Craig lançou uma nova versão, mais completa e atualizada, do seu livro Apologética Contemporânea, na Fnac da Av. Paulista, em São Paulo. Em suas palavras, este livro tem como objetivo capacitar os cristãos para que consigam fundamentar intelectualmente sua fé. A primeira versão do livro já é muito famosa e requisitada e, pelo pouco que o autor comentou no lançamento, esta segunda versão realmente vale a pena.
Logo que fiquei sabendo deste lançamento, deduzi que precisaria chegar bem mais cedo ao local pra garantir um lugarzinho, já que William é um ícone cristão da atualidade. Acabei supervalorizando o interesse do público que, mesmo o espaço de eventos da Fnac sendo pequeno, nem chegou a ficar lotado. Marcado para começar as 19h, William chegou 18h30 e, pela quantidade pequena de pessoas que haviam chegado, ele conseguiu dar atenção e tirar fotos com quase todos que ali estavam.
No horário marcado, representantes da editora apresentaram o autor estadunidense ao público e um dos editores se encarregou da tradução. William, após os agradecimentos, introduziu o assunto fazendo um resumo da importância de seu livro, já que, a cada dia que passa, os cristãos e não cristãos embasam suas crenças cada vez mais nas próprias opiniões particulares do que na verdade dos fatos reais, onde, apenas por eles, é possível discernir Jesus Cristo e o próprio Deus. Ou seja, apenas estudando a veracidade dos fatos, a fé cristã é alimentada pela verdade encontrada.
William falou pouco, já que o evento priorizava o lançamento do livro, e não uma palestra, para que houvesse um maior tempo do público conseguir autógrafos do autor. Mesmo assim, o pouco do William é muito para nós, "meros mortais". A imensidão de seu conteúdo intelectual é impressionante, de forma que poucas palavras dele induzem a uma enxurrada de pensamentos para quem ouve.
De qualquer forma, sou fã assumido do William, pois além da sua instrução, o que realmente me faz admira-lo como irmão, é o fato de ele não se esconder atrás das paredes da igreja, ou de uma denominação, falando só para aqueles que o admiram, onde é fácil pregar o evangelho. Este hermano põe a cara para bater, ele põe a prova o evangelho que acredita, encara aqueles que são contra e não arrega, nem ameniza. Admiro isso demais, e cada vez mais, pois essa característica de "ser macho" no evangelho está escorrendo pelo ralo a anos, e hoje quase não existem cristãos que realmente acreditam no evangelho, mesmo que não o compreendam totalmente. Basta uma palavra de dúvida de um fulano qualquer que os cristãos já fazem rebuliço na igreja, já enquadram o pastor, trocam de igreja, suavisam a doutrina, relaxam nos costumes, já duvidam se a Bíblia está mesmo correta, ou até se Deus é bom mesmo... Na minha opinião, bem pior do que cristãos que pregam um evangelho errado (por maldade ou ignorância), são cristãos frouxos que não aguentam o tranco e as pauladas do inimigo, e estremecem na primeira chacoalhada. Pois estes sãos os que envergonham, estes que desistem são aqueles que fazem os incrédulos desacreditarem que seja possível mesmo ser cristão chegar até o fim, terminar a carreira, cumprir a boa obra, que é a santificação completa de nossa vida.
William não só acredita neste evangelho real, como põe a mão e o corpo inteiro no fogo por ele. Então aproveitei esta oportunidade rara de encontra-lo no Brasil, não só para prestigiar seu livro, mas para dar-lhe um presente de agradecimento e reconhecimento. Foi a forma que encontrei para lhe expressar o quanto admiro, mais do que seu trabalho, sua fé. Embora meu inglês não seja "aquela coisa", foi o suficiente para dialogar um pouco e explicar o motivo de estar presenteando-o. Foi demais ver a cara de surpresa quando abri a pasta e, ao invés de tirar um livro para autógrafo, entreguei sua caricatura. Muito divertido. Entreguei também meu livro do Cris com uma dedicatória. É sempre bom valorizar as pessoas.
Uma noite muito agradável, que poderia ser até melhor se os cristãos invadissem aquele lugar, William começasse a pregar, as pessoas começassem a cantar e louvar, os incrédulos se convertessem, os enfermos fossem curados, e a noite se tornasse dia pelo iluminar do Espírito Santo, como achei que poderia ser. Não rolou, mas cheguei a ouvir uns "Aleluia" e "Glória ao nome do Senhor" de uma irmã do "reteté" que estava sentada atrás de mim. Pode melhorar, um dia a gente chega lá ;-)
Obs: valeu pelas fotos Vânia, ficaram show demais!
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